Olá, Francisco.
Mantenho!
Os problemas do sistema de monetização do Medium internacional nunca foram resolvidos, mas felizmente o sistema também nunca chegou por aqui.
O Google continua dando relevância para links do Medium pela programação da plataforma.
Mais uma vez, eu acabei sem querer beneficiado com esses algoritmos, com esse texto aqui — que se tornou uma porta de entrada para muitos falantes de português que ingressam na plataforma, ou que pesquisam sobre ela e me encontram entre os resultados de busca.
Desde que a quarentena começou, inclusive, esse texto aqui está tendo um certo “revival”, com mais visualizações e comentários do que o normal (quase todos de recém-chegados), sugerindo que a quarentena está incentivando mais as pessoas a lerem e a escreverem pelo Medium.
A situação das comunidades se expande especialmente em nichos. Existem publicações aqui para todos os tipos de assunto. O maior problema do Medium — a dificuldade de entender a proposta no começo e de encontrar seu espaço, seja como escritor ou como leitor — também continua sendo um pouco sua força, ao impedir que o ambiente seja tomado pelo mesmo tipo de guerras que existem em todo o resto da Internet brasileira. O lado ruim disso, que existia lá e segue existindo, é o risco deste sopro de movimento sumir totalmente, como um segredo que, de tão bem guardado, quem sabia esqueceu ou morreu. A comunidade brasileira daqui é frágil e pode acabar a qualquer momento — seja pelo desinteresse, seja caso mudanças drásticas aconteçam (como a implementação do paywall, uma ameaça constante, desde quando escrevi esse texto e até hoje).
Mas, ainda nessa incerteza, o Medium já durou mais um ano. As publicações brasileiras das quais participo (New Order, Fazia Poesia, Ensaios Sobre a Loucura) continuam aí e cresceram, enquanto muitas outras surgiram.
Onde estaremos daqui mais um ano, só o tempo dirá.